Dentre os meios autocompositivos para a resolução de litígios oriundos das relações sociais, temos na mediação e na conciliação uma forma mais célere e eficaz de se alcançar um desfecho satisfatório para ambas as partes envolvidas.

O terceiro facilitador, que não impõe soluções, mas que conduz os interessados a chegarem, eles mesmos, em um consenso de forma autônoma e voluntaria precisa ter o domínio de algumas técnicas, dentre elas saber controlar as emoções que estarão presentes na sessão, tantos dos envolvidos como suas próprias emoções.

Muitas vezes para ter um maior domínio sobre as suas próprias emoções é necessário o autoconhecimento, dentre os pilares do autoconhecimento temos a auto observância, a auto confrontação, o auto amor e o autocuidado/auto respeito.

A prática de se conhecer melhor faz com que o indivíduo tenha controle sobre suas emoções. A capacidade de controlar sentimentos a cada momento, é crucial para o discernimento emocional e a autocompreensão. Reconhecer um sentimento quando ele ocorre é uma das peças fundamentais da inteligência emocional.

Expressar nossa vulnerabilidade pode ajudar a resolver conflitos (ROSENBERG, 2006)[2]. Essa frase se adequa tanto ao terceiro imparcial que está conduzindo a sessão como aos interessados. Se conectar aos sentimentos e saber distinguir interesses de necessidades auxiliam na resolução dos conflitos. Uma visão da natureza humana que ignore o poder das emoções é lamentavelmente míope (GOLEMAN, 2012)[3]. Enxergar o ser humano atrás daquela avalanche de sentimentos e de palavras carregadas na sua grande maioria de raiva e rancor, é um dos trunfos que o bom mediador o conciliador pode trazer para a sala de mediação.